quinta-feira, 12 de março de 2009

Grandes Nomes do Blues 9 – Albert Ammons


Albert Clifton Ammons nasceu em março de 1907 em Chicago, Illinois. Foi pupilo de Jimmy Yancey, em sua época modelo para muitos pianistas de blues por seus trabalhos em festas, shows e atuações noturnas. Ammons conheceu aos outros pianistas de Chicago e compartiu com eles tendências que chegavam do Harlem.

Além de Yancey, a geração de Chicago contava com Clarence “Pine Top” Smith, Jimmy Blythe, Cripple Clarence Lofton, Hersal Thomas, e um grande amigo de Ammons: Meade “Lux” Lewis. Ammons era o mais jovem e aprendeu de todos eles, mas também se contagiou pela música de Fat Waller, uma grande figura nesse mundinho. Ainda que Lewis e Smith já tivessem gravado boogie nos anos 20, quando os intérpretes introduziram o boogie-woogie – a mão esquerda repete oito padrões de baixo – o blues o adotou como próprio.

“... Esta manhã escutei Albert Ammons e me encheu... De sexo, de vida, de verdades. Foi maravilhoso.”Jools Holland

Ammons tocava em grupos de swing ou acompanhando outros artistas, mas como não era suficiente, teve que buscar a vida fora da música. Até dar o grande salto. Em 1935, conseguiu um emprego como músico residente no Club DeLisa, o mais famoso do sul de Chicago. Quando John Hammond o descubriu, só foi preciso um ano para que a Deca editasse seu primeiro disco em fevereiro de 1936.

Em 1938, Ammons foi convidado a atuar no Carnegie Hall de Nova York, num show organizado por Hammond, o “Spirituals To Swing”. Acompanhou a Sister Rosetta Tharpe e a Big Bill Broonzy, além de poder tocar o seu “Boogie Woogie”; ainda interpretou, junto ao pianista de Kansas City Pete Johnson, “Jumpin’ Blues” e “Cavalcade Of Boogie”. A resposta do público mostrou que a era do boogie-woogie tinha chegado. Os três pianistas – Ammons, Johnson e Lewis – aproveitaram o trampolim oferecido pelo espetáculo para trabalhar juntos durante anos, em duos ou trios, e às vezes acompanhados de Joe Turner nos vocais. Editaram discos para a Vocalion, a Blue Note e a Victor, e, a partir do Café Society de Nova York, recorreram o país atuando tanto em filmes como em programas de rádio.

Em 1944, no fim de sua larga temporada em Nova York, Ammons gravou duas seções para a Commodore. A primeira sozinho, e a segunda junto aos Rhythm Kings, um grupo com a mesma levada que ele tinha escolhido na primeira vez que gravou na vida. No ano seguinte voltou a Chicago e, através na novíssima Mercury Records, seguiu lançando discos com o grupo. Por outro lado, a estrutura do boogie-woogie até o momento se baseava em breves frases melódicas, porém, com a nervosa mão esquerda de Ammons, foi possível adaptar as músicas de sempre dando um frescor que as mudaria definitivamente, como em “Deep In The Heart Of Texas”, “Roses Of Picardy” ou “Swanee River”. Ammons também demonstrou que o boogie-woogie em suas mãos era apto para qualquer tipo de música que precisasse.

Um pouco antes que a American Federation of Musicians se declarasse em greve em janeiro de 1948, Ammons gravou sua última seção para a Mercury. Não havia dúvida de que o futuro seria prometedor a esse gigante do blues, mas pouco depois de atuar na festa de posse do presidente Truman, contraiu uma misteriosa doença cardíaca que acabou com sua vida em dezembro de 1949.

Baixe aqui e escute a nervosa mão esquerda de Albert Ammons:

01 - Boogie Woogie Stomp
02 - Early Mornin' Blues
03 - Boogie Woogie Prayer - Pt.1
04 - Boogie Woogie Prayer - Pt.2
05 - Shout For Joy
06 - Boogie Woogie Blues
07 - Woo Woo
08 - Mighty Blues
09 - St. Louis Blues
10 - Bass Goin' Crazy
11 - Boogie Woogie
12 - Chicago in Mind
13 - Cafe Society Rag
14 - Boogie Woogie Man
15 - Barrelhouse Boogie
16 - Cuttin' The Boogie
17 - Sixth Avenue Express
18 - Blues in the Grove
19 - The Breaks
20 - Jamin' The Boogie
21 - Bottom Blues
22 - Bedroom Blues
23 - Swanee River Boogie

http://www.zshare.net/download/92493133adeaab27/

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