segunda-feira, 23 de março de 2009

Grandes Nomes do Blues 10 – Big Bill Broonzy


Os pais de William Lee Conley Broonzy nasceram escravos. Ele nasceu em junho de 1893, em Scott, Mississippi, mais um entre os 17 irmãos. Broonzy cresceu numa granja no Arkansas e seu primeiro instrumento musical foi um violino caseiro com o qual tocava na igreja ou em atos sociais.

A princípios de 1910 compaginava seu trabalho de violinista com o de pastor, e entre 1918 e 1919 serviu no exército dos EUA; pouco depois, se licenciou e foi a Chicago aonde trabalhou como carregador de malas enquanto aprendia a tocar a guitarra.

Em 1924 trabalhou com Papa Charlie Jackson e logo se converteu em um acompanhante bastante solicitado. Sob inúmeros pseudônimos – Sammy Sampson, Big Bill John – Broonzy gravou pela primeira vez para a Paramount em 1927, e em 1930 para a Gennett/Champion e para a Perfect/Banner. Em 1931 gravou novamente outro disco para a Paramount com o nome de Big Bill Broomsley. A essa altura, Big Bill Broonzy já era um artista profissional.

Durante essa época, Broonzy trabalhou em teatros e bares de Chicago e do norte de Indiana, e fez ainda uma turnê com o espetáculo de Memphis Minnie. Em 1934 as companhias ARC e Bluebird lançaram um disco com seus grandes êxitos, o qual assinou como Big Bill, começando assim uma fase de grande atividade discográfica. A partir de 1936 gravou exclusivamente para a ARC (que mais tarde viria a se tornar Columbia), um contrato que chegaria a 1947. Broonzy vivia em sua granja no Arkansas e viajaria três ou quatro vezes por ano a Chicago para gravar seus discos, sobretudo porque já em 1937 as oportunidades de atuar em espetáculos diminuíram.

Em 1938 Broonzy foi um dos eleitos por John Hammond para seu show Spirituals To Swing no Carnegie Hall de Nova York. Broonzy aproveitou a oportunidade ao máximo e se desdobrou nos mais importantes locais de Nova York e Chicago. Em 1939, atuou no filme Swingin’ The Dream; entre 1941 e 1942 fez uma turnê com Lil Green; em seguida choveram convites para atuar nos teatros de Nova York e Los Angeles. Simultaneamente seguiu gravando discos assiduamente, o que fez que ao final de sua carreira tivesse publicado centenas de músicas.

Durante alguns períodos, as gravações de Broonzy alternavam o acompanhamento de apenas piano e baixo ao de grandes bandas, muitas vezes tocando duas cornetas. Com o tempo, o toque country de seus discos foi perdendo importância e em 1949, quando assinou contrato com a Mercury, já tinha sido contagiado pelo emergente som R&B. Broonzy ainda se dividia entre seu trabalho musical e o de porteiro da universidade de Iowa até que sua primeira turnê ao exterior mudou sua vida: durante setembro e outubro de 1951, percorreu a Inglaterra, França e Alemanha, gravou discos em cada um desses países e demonstrou ser um artista amplamente conhecido.

Logo após suas ultimas sessões para a Mercury em 1952, realizou outra turnê: foi a partir desse momento que Broonzy voltou a suas origens mais country e mais blues e não parou de gravar discos para diversas companhias européias. Em 1955 foi publicada sua autobiografia: Big Bill Blues. Durante 1955 e 1957 continuou atuando na Europa, mas foi-lhe diagnosticado um câncer que acabaria com sua vida em agosto de 1958 em Chicago.

Abaixo vocês podem baixar ao álbum remasterizado lançado pela Columbia em 1990 "Whiskey And Good Time Blues" contendo 18 temas quase perdidos do bonachão Big Bill Broonzy:

01 - She Caught The Train
02 - The Dozen
03 - Don't Tear My Clothes
04 - Ash Hauler
05 - Out With The Wrong Woman
06 - Down In The Alley
07 - Stuff They Call Money
08 - Good Boy
09 - Unemployment Stomp
10 - Rider Rider Blues
11 - Whiskey And Good Time Blues
12 - Make My Getaway
13 - Looking For My Baby
14 - My Mellon Man
15 - Knockin' Myself Out
16 - Key To The Highway
17 - Wee Wee Blues
18 - Conversation With The Blues

http://www.zshare.net/download/92493289544e68b3/

Um comentário:

  1. Ô Féla, dá um look nisso aqui ó:
    Sonny Boy Williamson & the Yardbirds.
    Sssssssssssssssspressionants!!!
    Abrasssssssssssss

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