quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Fats Domino – Rock and Rollin’ / This Is Fats (1956)


Como toda estrela de rock dos anos 50, Fats fez-se famosos através de singles. De fato, Fats passou oito anos gravando singles para a Imperial Records antes de lançar seu primeiro LP em 1956. Aliás, uma das coisas mais interessantes desses dois discos - que os apresento aqui juntos, pois são compilações de músicas de um mesmo período - é notar que seu estilo não muda ao longo desses oito anos, que tiveram como inicio “The Fat Man” em 1949. Nesses discos encontramos algumas das melhores músicas de sua época mais rock’n’roll, desde as swingadas “My Blue Heaven” e “Careless Love” ao hipnótico ritmo de “Blueberry Hill” e a pegada de “Honey Chile”. Por muitos considerados dos melhores discos de rock’n’roll que o dinheiro pode comprar.

Rock And Rolling
01. My Blue Heaven
02. Swanee River Hop
03. Second Line Jump
04. Goodbye
05. Careless Love
06. I Love Her
07. I’m In Love Again
08. When My Dreamboat Comes Home
09. Are You Going My Way
10. If You Need Me
11. My Heart Is In Your Hands
12. Fat’s Frenzy

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This Is Fats
01. The Rooster Song
02. My Happiness
03. As Time Goes By
04. Hey La Bas Boogie
05. Love Me
06. Don’t Me Calling You
07. It’s You I Love
08. Valley Of Tears
09. Where Did You Stay
10. Baby Please
11. Thinking Of You
12. You Know I Miss You

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Fats Domino – Fats Is Back (1968)


Esse disco de 1968 não teve o enorme sucesso comercial esperado pela Reprise Records por ser seu primeiro disco de estúdio em anos, mas é um dos melhores exemplos do R&B de New Orleans que tem nele mesmo seu maior expoente. Além de novas canções próprias, nesse disco Fats nos presenteia com composições de James Broker – “One For The Highway”, uma das melhores do disco – e Barbara George, além de duas não tão felizes versões dos Beatles – “Lady Madonna” e “Lovely Rita”. Esse disco conta ainda com Richard Perry como produtor, que introduziu um background mais encorpado dando um pouco mais de peso às canções, ainda que às vezes um pouco demais. “Honest Papas...” e “Make Me Belong To You” são dois clássicos, e a regravaçao de “Wait Till It Happens To You” outro exemplo do excelente arranjo do R&B de New Orleans.

01. My Old Friends
02. I’m Ready
03. So Swell When You’re Well
04. Wait Till It Happens To You
05. I Know
06. Lady Madonna
07. Honest Papas Love Their Mamas Better
08. Make Me Belong To You
09. One For The Highway
10. Lovely Rita
11. One More Song For You

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Fats Domino – Fats (1971)


Esse disco nao foi nem mesmo lançado nos EUA e ainda hoje é um dos mais raros da discografia de Fats. Alias, as gravações desse disco podem até terem sido feitas anos antes... Ao fim e ao cabo, marca o reencontro entre Fats e seu antigo produtor Dave Bartholomew e se apresenta fazendo o que sabe de melhor, sentindo-se em casa.

01. I’m Going To Cross That River
02. Big Mouth
03. It’s A Sin To Tell A Lie
04. Wait Till It Happens To You (Version 2)
05. I’m Going To Help A Friend
06. The Lady In Black
07. Another Mule
08. When You’re Smiling
09. These Old Shoes
10. Lawdy Miss Clawdy
11. Work My Way Up Steady

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Fats Domino – Alive and Kickin’ (2006)


Dá pra acreditar que num disco de 2006 Fats possa soar tão bem quanto o fez 40 anos atrás? Ou até melhor, com a ajuda tecnológica de nossos tempos. Até sua voz soa tão forte como a tempos atrás. Não é nenhuma surpresa que esse disco seja classificado como um dos melhores dele, sendo comparado aos sensacionais “This Is Fats Domino” e “Fats Is Back”. E musicalmente encontramos uma mescla perfeita com instrumentos mais modernos, como sintetizadores e slide-guitar , que dão um toque de modernidade mas não deixam de soar como o Fats clássico.

01. Alive and Kickin'
02. Love You 'Til the Day I Die
03. I'll Be All Right
04. I Spent All My Money Loving You
05. Gimme Some
06. One Step At A Time
07. Home USA
08. Every Night About This Time
09. Four Leaf Clover
10. It Makes No Difference Now
11. This Is My Story
12. You Made Me Know
13. Ain't That A Shame

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Fats Domino – This is Fats Domino (1957)


“Blueberry Hill” foi escrita em 1940 por Vincent Rose mas somente em 1956 virou um sucesso, depois que Fats a modificou para um R&B up-tempo, vendendo mais de cinco milhões de cópias no mundo em pouco mais de um ano. A partir daí o interesse em Fats cresceu muito além de seu tradicional mercado R&B, e sua gravadora no momento – Imperial Records – não perdeu a oportunidade, lançando todos os discos seus que pudesse no menor espaço de tempo. “This Is Fats Domino” foi lançado em 1957 e rapidamente subiu ao Top 20 da Billboard alavancado pela inclusão de “Blueberry Hill” e “Blue Monday”, dois de seus grandes hits.

01. Blueberry Hill
02. Honey Chile
03. What’s The Reason
04. Blue Monday
05. So Long
06. La-la
07. Troubles Of My Own
08. You Done Me Wrong
09. Reelin’ And Rockin’
10. Fat Man’s Hop
11. Poor Poor Me
12. Trust In Me

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Grandes Nomes do Blues 23 – Fats Domino


Antoine Domino Junior nasceu dia 26 de fevereiro de 1928 em New Orleans, Louisiana, o caçula de oito irmãos. Seu pai tocava violino com o grupo Fair Grounds Race Track de New Orleans. Ainda jovem estudou piano com Harrison Varett – membro da banda Papa Celestin – quem o assessorou e o animou a seguir adiante.
Durante sua adolescência continuou praticando e prestando atenção aos grandes do boogie-woogie como Meade “Lux” Lewis e Albert Ammons – aos que escutava nas jukebox dos bares – e aprendendo dos pianistas Charles Brown e Amos Milburn. Aos 16 anos já tocava em festas privadas e aos 17 juntou-se ao grupo de Billy Diamond, quem o batizou como “Fats”. Em 1949 converteu-se num habitué do Hideaway Club, coisa que lhe serviu para deixar-se ver e fazer contatos. Foi Dave Bartholomew, líder de um grupo local que também se apanhava como caça-talentos, quem convidou a Lew Chudd, dono de uma discográfica, ao Hideaway para ver Fats. Domino saiu daí com um contrato que lhe permitiu escrever canções junto a Bartholomew, agora seu produtor. Durante a primeira sessão, no 10 de dezembro de 1949, gravaram “The Fat Man”, uma versão do tema “Junker’s Blues” de Jack Dupree que Bartholomew havia camuflado com uma nova letra. A canção estourou, escalando até o segundo lugar das listas da Race Records da revista Billboard.
A partir de então, Fats formou seu próprio grupo à imagem e semelhança do de Bartholomew – alguns músicos incluídos – de forma que seu estilo teve como base sua voz, o piano e os solos de saxo tenor. Os arranjos musicais naqueles anos não divergiam muito de outras bandas de blues; agora, sua verdadeira marca distintiva reside no peculiar som de seu piano, que se fez patente com “Every Night About This Time” de 1950.
Como os êxitos foram se repetindo, Fats continuou trabalhando em New Orleans com os mesmos músicos. Em 1952 publicou “Goin’ Home” que subiu ao número um como antes o fizera com “Lawdy Miss Clawdy” de Lloyd Price, uma versão da música de Junker na qual Fats nos presenteava tocando o piano. O R&B de New Orleans se preparava para invadir o país e Fats Domino seria seu estandarte. Uma mostra disso foram duas de suas músicas que arrasaram em 1953, “Please Don’t Leave Me” e “Goin’ To The River” junto ao saxofonista Herb Hardesty - que lhe acompanharia em turnês ainda que depois compartindo palco com os solos de Lee Allen.
O rock’n’roll não chegaria até 1955, mas Fats Domino dominava o cenário, primeiro com três número um consecutivos – “Ain’t That A Shame”, “All By Myself” e “Poor Me” – e em 1956 outros três – “I’m In Love Again”, “Blueberry Hill” e “Blue Monday”. O estilo da banda de Fats mudou pouco com o tempo e quando hoje é questionado pelo rock’n’roll, afirma que seu estilo é R&B e que sempre foi assim. De fato, Fats Domino continuou tocando e pouco mudou desde que esteve na boca de todos há 50 anos, mas seu legado é tão importante que ele mesmo seria incapaz de tocar todos os seus êxitos em um só show. Em 2005 teve que mudar-se de sua adorada New Orleans vitima do furacão Katrina, sendo resgatado por helicóptero de sua casa inundada. Durante o período de sua ausência forçada, sua casa foi saqueada e de seus 21 discos de ouro só sobraram 3.