terça-feira, 12 de julho de 2011

Albert King – Born Under a Bad Sign (1967)

“Born Under a Bad Sign” é de uma época aonde os discos eram nada além de uma colectânea de singles, e de quando os singles, por imposição das rádios e das jukebox, não podiam passar dos três minutos e meio. Essa limitação forçava aos artistas a necessidade de um impacto rápido e firme. No blues, a tendência de estender-se no fraseado tinha que ser contida, e nesse disco podemos apreciar alguns bons exemplos de como King o fazia, com sua voz e guitarra dando credibilidade ao single comercial e convertendo-os em clássicos. Essas 11 faixas mostram o período mais fértil de King, nos anos de 66 a 68 tocando para a Stax Records. Jim Stewart, chefe da gravadora na época, era relutante em contratar músicos de blues por achar que o blues duro não combinava com o típico soul de Memphis que haviam patenteado. Ironicamente, a fusão dos lamentos agudos da guitarra de King com os ritmos dinâmicos de Booker T. & the MGs – banda base da Stax – é o que separou King dos outros bluesman da época. Essa mistura única produziu um clássico atrás de outro: O piano de Booker T. Jones impulsa “Laundromat Blues”. As variações da bateria de Al Jackson dão base a “Crosscut Saw”. Os metais de Andrew Love, Wayne Jackson e Joe Arnold conduzem o tom de “Born Under a Bad Sign”. E a voz doce e madura de King encaixa à perfeição a essa base de soul enquanto dispara seus dramáticos acordes na guitarra.


01. Born Under a Bad Sign
02. Crosscut Saw
03. Kansas City
04. Oh, Pretty Woman
05. Down Don’t Bother Me
06.  The Hunter
07.  I Almost Lost My Mind
08. Personal Manager
09. Laundromat Blues
10. As The Years Go Passing By
11. The Very Thought of You

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