domingo, 13 de junho de 2010

Buddy Guy – Blues Alive (Live, Montreux) (1992)


Apresentação – uma das muitas que fez – no Festival de Jazz de Mountreux, aqui se pode sentir o que é um show ao vivo de Buddy Guy. Se você ainda não viu, veja. Não conheço uma pessoa que não tenha saído de um show dele em êxtase, mesmo que não tivesse nenhum contato com o blues até então. Além de tocar a guitarra como ninguém, e estar acompanhado de uma banda espetacular, o cara é um showman. Toca a guitarra com a boca, nas costas, em cima da cabeça, manda a galera calar a boca quando sua guitarra tem que gemer baixinho, troca idéia independentemente do país em que esteja e faz qualquer público cantar em coro essas músicas. Em um dos shows que fui dele, em Barcelona, de um momento a outro ele some do palco para depois de alguns minutos entrar pela porta do público no meio da galera e ficar por ai tocando sua guitarra entre as pessoas alucinadas – dedicando os solos às minas mais gatas que cruzavam seu caminho, obviamente.

01. Mary Had a Little Lamb
02. Sweet Little Angel
03. I Just Want to Make Love to You
04. Stormy Monday Blues
05. Somebody is Tippin Me
06. Sweet Home Chicago
07. Hoochie Coochie Man
08. Damn Right I Got The Blues
09. Knock On Wood
10. Johnny B Goode

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sábado, 12 de junho de 2010

Junior Wells & Buddy Guy – Hoodoo Man Blues (1965)


Esse é principalmente um disco do impressionante vocalista e gaitista Junior Wells, que acompanhou Buddy Guy desde mediados dos anos 60 até morrer de câncer em 1998. Nesse grande trabalho os dois, junto com o baixista Jack Myers e o baterista Billy Warren, fazem uma espécie de funk-rock-blues com forte influência de James Brown.


01. Snatch It Back And Hold It
02. Ships On The Ocean
03. Good Morning Schoolgirl
04. Hound Dog
05. In The Wee Wee Hours
06. Hey Lawdy Mama
07. Hoodoo Man Blues
08. Early In The Morning
09. We’re Ready
10. You Don’t Love Me, Baby
11. Chitlin Con Carne
12. Yonder Wall

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Buddy Guy – Sweet Tea (2001)


Pouquíssimos artistas tentaram – ou tiveram sucesso tentando – melhorar o modelo clássico dos discos de blues assentado por Muddy Waters e Howlin’ Wolf. Um dos que mais se aproximaram foi R.L.Burnside produzindo para a Fat Possum Records, e é aí aonde Guy foi buscar inspiração para esse novo trabalho. Sete das nove músicas foram compostas por artistas do norte do Mississippi – e da Fat Possum – como T-Model Ford ou Junior Kimbrough, e o disco foi todo gravado com equipamentos vintage, dando ao disco o status de clássico, misturado com um sopro de ar novo por alguns chamado de blues contemporâneo. Se você acha que vai ouvir a um disco como outros de Buddy Guy está rotundamente enganado. É talvez uma das melhores gravações de Guy em muito tempo, mas não tem nada a ver com anteriores trabalhos dessa lenda do blues.

01. Done Got Old
02. Baby, Please Don’t Leave
03. Look What All You Got
04. Stay All Night
05. Tramp
06. She Got The Devil In Her
07. I Gotta Try You Girl
08. Who’s Been Foolin’ You
09 . It’s A Jungle Out There

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Buddy Guy – Stone Crazy (1981)


Gravação feita durante um período em que Buddy raramente entrava em estúdio, é uma obra prima do blues ao vivo, com inúmeros solos, improvisações mais típicas do jazz que do blues mesmo e um ambiente hipnótico de tirar o fôlego. Do jeito que ele sempre quis gravar, mas nenhum produtor deixou. Quando Guy está nos seus melhores dias – e esse disco é uma prova disso – só Jimi Hendrix pode ser comparável.

01. I Smell A Rat
02. Are You Losing Your Mind?
03. You’ve Been Gone Too Long
04. She’s Out There Somewhere
05. Outskirts Of Town
06. When I Left Home

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Buddy Guy – Damn Right, I’ve Got The Blues (1991)


Esse foi o disco que relançou a carreira de Buddy Guy e o colocou novamente no topo do blues contemporâneo. Ainda que conte com participações mais que especiais de Jeff Beck, Eric Clapton, Mark Knopfler e dos Memphis Horns, e de sua fiel banda – Greg Rzab no baixo, Mick Weaver nos teclados e Richie Hayward na batera - é ele quem brilha mais forte e mais alto, devorando clássicos do R&B (“Mustang Sally”), blues das antigas (“Black Night”) e do rock (“Where Is The Next One Coming From”), além da impressionante faixa instrumental “Rememberin’ Stevie”, dedicada ao seu mais fiel fã e amigo Stevie Ray Vaughan, responsável por essa sua esplêndida volta e morto no ano anterior em um trágico acidente de helicóptero. Não a toa ganhou o Grammy de melhor disco de blues em 1992.
01 . Damn Right, I’ve Got The Blues
02. Where Is The Next One Coming From
03. Five Long Years
04. Mustang Sally
05. There Is Something On Your Mind
06. Early In The Morning
07. Too Broke To Spend The Night
08. Black Night
09. Let Me Love You Baby
10. Rememberin’ Stevie
11. Doin’ What I Like Best
12. Trouble Don’t Last


Buddy Guy – A Man and The Blues (1968)


Seu primeiro disco em estúdio. Considerado por muitos como o melhor de sua carreira e um dos melhores da história do blues. O produtor Samuel Charters, reconhecido historiador do blues, capturou Guy justo no momento em que ele emergia das sombras de B.B.King e Muddy Waters, e, com alguns dos melhores músicos do momento – Wayne Bennett na guitarra base, Otis Spann no piano, Fred Below na bateria, ... – conseguiu tirar o tom que quase todos os blueseiros seguiriam a partir de então. É a perfeição do blues. É a obra seminal do que muitos historiadores denominaram como a segunda geração do blues de Chicago, o disco que colocou Guy no altar do blues e que o mantém como provavelmente o melhor blueseiro vivo hoje em dia. Uma das melhores frases que li sobre esse disco foi um dos comentários na página da amazon, aonde um fã dizia: “Alguns enviam ao espaço Bach ou Mozart para que outras civilizações nos examinem. Eu enviaria “A Man and the Blues””. Baixem e tirem as suas próprias conclusões.

01. A Man and the Blues
02. I Can´t Quit The Blues
03. Money (That’s What I Want)
04. One Room Country Shak
05. Mary Had a Little Lamb
06. Just Playing My Axe
07. Sweet Little Angel
08. Worry, Worry
09. Jam On a Monday Morning

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Grandes Nomes do Blues 30 – Buddy Guy


“A primeira vez que ouvi falar em guitarra elétrica pensei que alguém estava de brincadeira – dizia George “Buddy” Guy –. Vivíamos tão longe de tudo que não soube o que era um violão até que minha mãe recebeu catálogos de vendas por correio”. Guy nasceu no dia 30 de julho de 1936 em Lettsworth, Louisiana, e até hoje se mantém no cume do blues elétrico.


Os primeiros instrumentos de Guy eram artefatos fabricados com arame, pregos e latas pintadas que se dobravam depois dos “intercâmbios sonoros” com seu pai. A primeira guitarra elétrica que escutou, no mercado perto da cooperativa de seus pais, foi a de Lightnin’ Slim, e essa experiência lhe marcou profundamente. A ilusão de converter-se em jogador de baseball desapareceu após desfrutar do show ao vivo de Guitar Slim no Baton Rouge. Depois de algumas provas, conseguiu um espaço no mesmo club como músico até que em 1957 pôde comprar um bilhete de ônibus para Chicago.

“A cidade do vento” não foi das mais acolhedoras. Enquanto o blues estava em seu ápice com músicos como Howlin’ Wolf ou Muddy Waters, entre outros, e as discográficas Chess, United ou Cobra dominavam o panorama, Guy não encontrava trabalho. Estava frustrado e com fome, mas antes de decidir voltar a casa, Waters lhe deu a mão. Em pouco tempo Guy estaria trabalhando nos estúdios Chess e Cobra. Em 1963 acompanhou a Waters em seu famoso disco “Folk Singer” e, mais tarde, gravaria junto com o brilhante cantor e gaitista Junior Wells “Hoodoo Man Blues” em 1965 e “Southside Blues Jam” em 1967 com a Delmark. Guy será sempre lembrado por seus impresionantes shows ao vivo (tocando a guitarra até com os dentes), suas letras em tom gospel e seu dinamismo com a guitarra a base de contorções e divertidas improvisações.

A fama de Guy chegou mais longe do que ele jamais teria sonhado. Sua influência tocou artistas tão díspares como Hendrix, Clapton ou o musicólogo Samuel Charters – impressionadíssimo com o seu trabalho -, produtor de seu primeiro disco solo para o selo Vanguard, com temas como “A Man And The Blues” de 1968, considerada sua obra prima. Durante a década de 70, mesmo com o convite dos Rolling Stones para participarem de uma de suas turnês, a popularidade de Guy e Wells caiu no esquecimento, até que na década de 80 eles decidiram abrir seus próprios bares – o Checker-board Lounge e o Legends de Chicago – e limitaram-se a tocar nos mesmos.

Buddy Guy voltou ao topo do blues graças à ajuda de seu fã mais fiel, Stevie Ray Vaughan, quem lhe conseguiu um contrato com a Silverstone Records e através do qual nos daria em 1991 “Damn Right I’ve Got The Blues”. Nesse disco pode-se apreciar os acompanhamentos de Jeff Beck, Mark Knopfler e Eric Clapton, uma ducha de água fresca que permitiu a Guy perdurar no círculo blueseiro atuando em todo tipo de shows até hoje. Talvez os discos que saíram ao mercado logo após tenham uma tendência mais comercial, fato que maculou de certa forma seu prestigio e decepcionou aos mais conservadores, que deixaram de comprar sua música.

Novamente outro de seus adeptos teve que intervir, esta vez o produtor Dennis Herring, que se responsabilizou a que “Sweet Tea” (2001) fora um êxito, resgatando melodias clássicas e remasterizando-as, além de polir algumas peças do moderno blues do maestro Junior Kimbrough. Esse som oxidado relançaria a carreira de Guy e, em 2003, outra vez junto a Herring, publica “Blues Singer”, uma homenagem ao country blues acústico de “Folk Singer” (1964) de Muddy Waters, devolvendo-lhe às suas raízes mais rurais.

Buddy recebeu cinco prêmios Grammy´s, vinte e três prêmios W.C. Handy Blues (mais que nenhum outro artista até hoje), o Century Award da revista Billboard e a Presidential National Medal of Arts. Aos 72 anos foi capa da Rolling Stones pela primeira vez na edição especial “100 Greatest Guitar Songs”, apareceu no filme de Martin Scosese com os Rolling Stones “Shine A Light”, lançou seu último disco, “Skin Deep” (2008), todo com composições novas e com participações especiais de Eric Clapton, Robert Randolph, Susan Tedeschi, Derek Trucks e Quinn Sullivan.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Nostalgia em mostra individual do artista Federico Guerreros no David Dalmau Studio


Artista reúne 18 telas realizadas em pintura encáustica a partir do uso de fotografias.
Primeira individual no Brasil fica em cartaz de 07 a 26 de junho no David Dalmau Studio, em São Paulo. Abertura na terça, dia 1º de junho, às 19h30

O Studio David Dalmau inaugura no dia 1º de junho, terça-feira, às 19h30 horas, a exposição individual do artista Federico Guerreros intitulada 18 Segundos. Organizada pelo artista brasileiro, nascido no Uruguai, a mostra exibe 18 telas em encáustica realizadas entre 2008 e 2009 em seu ateliê em Barcelona, Espanha. São fragmentos ampliados de fotografias recentes ou antigas recobertos de cera de abelha pigmentada.
Na visita à exposição, o visitante se depara com cenas de estudantes com boina e gravata correndo pela rua, brincadeiras infantis ao ar livre e mesmo cenas de casamentos. Desde a escolha da fotografia que toma por base, sua edição pouco detalhada e posterior pintura, subsiste o traço de nostalgia que dá identidade visual da obra do artista. O instante efêmero aprisionado na foto ou mesmo a busca por reminiscências de idos tempos são preservados por detrás de certa transparência e de uma textura particulares que emprestam ares de eternidade e imanência a cada uma destas obras. São imagens delicadas e ao mesmo tempo fortes o suficiente para suspender o tempo do mundo para um espaço-tempo que transita entre a familiaridade e a memória.

A encáustica é uma técnica de pintura milenar, praticada pelas civilizações mediterrâneas, cujos registros mais remotos remontam à Grécia do século V a.C. Caiu em desuso por séculos, entretanto, seu resgate no século XIX e divulgação têm reabilitado a técnica, que vem ganhando adeptos no mundo todo. No Brasil, um de seus paladinos foi o artista plástico paraense Osmar Pinheiro (1950-2006), que a difundiu por entre uma expressiva geração de pintores, especialmente em São Paulo.


Federico Guerreros

Nascido no Uruguai, porém criado em São Paulo, o artista reside atualmente em Barcelona, Espanha. Sua instrução em artes obedeceu ao ritmo dos artistas de quem foi discípulo, Antonio Peticov e Osmar Pinheiro. Em Barcelona, estudou na escola de arte contemporânea Metáfora.

http://www.federicoguerreros.com/

Período expositivo: de 07 a 26 de junho
Horários: de segunda a sexta, das 10 às 18h; e sábados, das 10 às 17h
Entrada franca

quarta-feira, 19 de maio de 2010

DIO R.I.P

Minha homenagem ao inesquecível Ronnie James DIO, que faleceu no passado 16 de maio de 2010, faço através do site de meu grande amigo Daniel Setti.

http://lavemomaladalista.blogspot.com/2010/05/va-com-dio.html

J.B. Lenoir – Vietnam Blues: The Complete L&R Recording (1995)


Esse disco é, na verdade, a união de dois discos de JB. “Alabama Blues” de 1965 e “Down in Mississippi” de 1966, os dois últimos gravados por JB, ambos produzidos por Willie Dixon e gravados pelo selo alemão L&R com um arranjo acústico que lhe conferem um ar de trovador folk-blues. Suas letras são pura poesia com a qual ele espetava o racismo e outros males sociais com enorme paixão. Algumas das canções têm a participação especial do baterista veterano da Chess Records Fred Below, assim como algum que outro backing vocal de Dixon. Não são poucos os que dizem que se JB tivesse vivido até os setenta, com suas letras diretas e posterior incursão e experimentação com ritmos africanos, provavelmente teria se tornado uma estrela internacional da altura de Bob Marley. Aí eu já não ponho minha mão no fogo, mas sem dúvida ele é o maior poeta esquecido do blues.

01. Alabama Blues
02. Mojo Boogie
03. God's Word
04. The Whale Has Swallowed Me
05. Move This Rope
06. I Feel So Good
07. Alabama March
08. Talk To Your Daughter
09. Mississippi Road
10. Good Advice
11. Vietnam Blues
12. I Want To Go
13. Down in Mississippi
14. Slow Down Woman
15. If I Get Lucky
16. Shot On James Meredith
17. Round And Round
18. Voodoo Music
19. Born Dead
20. Leaving Here
21. Vietnam Blues
22. How Much More
23. Tax Payin' Blues
24. Feelin' Good

http://www.zshare.net/download/92534063a0b953be/