quinta-feira, 15 de abril de 2010

Grandes Nomes do Blues 25 – Willie Dixon


Willie James Dixon nasceu em Vicksburg, Mississippi, no 1º de julho de 1915. Aos 7 anos já era um grande admirador do blues, aprendeu a tocar a gaita ainda adolescente, começou a tocar o baixo no quarteto gospel The Jubilee Singers, e ainda escrevia músicas, vendendo algumas a grupos locais. Em 1936 mudou-se a Chicago, aonde, pelo seu tamanho, começou a buscar a vida como lutador de boxe e acabou ganhando o titulo do campeonato de Illinois em 1937. Converteu-se em boxeador profissional e chegou a servir brevemente como sparring do grande Joe Louis. Depois de quatro lutas, Dixon deixou o boxe ao descobrir que seu representante o roubava. Na academia de boxe que freqüentava acabou conhecendo a Leonard “Baby Boo” Caston, quem o convenceu a voltar seriamente à música tocando com ele e com os Five Breezes, grupo que mesclava jazz, blues e harmonias vocais. Sua carreira foi interrompida ao se negar em ir à guerra e ser preso por 10 meses. Depois da guerra formou o grupo Four Jumps of Jive até reunir-se com Caston, formando o Big Three Trio e gravando por primeira vez para a Columbia Records. Assinou um contrato com a Chess Records e progressivamente foi envolvendo-se com a companhia e sobre 1951 já trabalhava em período integral como produtor, escritor, músico e caça-talentos. Ficou na Chess até o começo dos anos 60 e é até hoje considerado uma figura chave na criação do blues de Chicago e do nascimento do rock & roll, trabalhando com Chuck Berry, Muddy Waters, Howlin’ Wolf, Otis Rush, Bo Diddley, Little Walter, Sonny Boy Williamson, Koko Taylor, Memphis Slim, Buddy Guy, entre outros. É principalmente relembrado como um grande escritor de alguns dos maiores blues da historia, como “Little Red Rooster”, que chegou ao número um na Inglaterra versionada pelos Rolling Stones. Em seus últimos anos fundou a Blues Heaven Foundation, uma organização para preservar o blues e assegurar os copyrights e royalties dos músicos de blues tão explorados no passado. “O Blues é a raiz e as outras músicas são os frutos. Mantendo as raízes vivas teremos melhores frutos.” Em 1980 entrou para o Blues Hall of Fame e em 1989 ganhou um Grammy por seu disco “Hidden Charms”. Morreu do coração no dia 29 de janeiro de 1992, entrando postumamente ao Rock and Roll Hall of Fame em 1994.

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